A IA está a transformar o papel do técnico de prevenção… e talvez não

Tempo de leitura: 3 minutos

Uma nova revolução bateu-nos à porta há um ano e meio, e está a transformar absolutamente tudo, incluindo a segurança e a saúde.

Já há algum tempo que a análise de imagens por meio de câmaras chegou para realizar o trabalho “de vigilância” que sempre gerou tanta polémica. A tecnologia permite-nos detetar e alertar em tempo real para todas as situações de perigo que possam surgir: falta de EPIs, vias obstruídas, velocidade de veículos, possíveis riscos, pessoas que possam ter caído, identificação de atos inseguros, etc.

E, depois, chegou o chatGPT e os seus derivados, ou os modelos transformadores generativos pré-treinados (Generative Pre-trained Transformer), que estão a começar a revolucionar tudo.

Se olharmos para o gráfico que a consultora Gartner elabora periodicamente, a IA e os seus derivados constituem a maioria das tecnologias emergentes que estão a ser introduzidas na nossa sociedade.

Esta tecnologia e a aplicação da mesma está verdadeiramente a ajudar-nos a construir uma mudança na nossa profissão, e é importante que saibamos reconhecê-la e atuar a tempo.

Como?

  • No início, a aplicação passou a facilitar a geração de textos que podem ser de grande utilidade para nós. É necessário saber “falar” com o ChatGPT através de instruções (PROMPTS), uma questão que se pode converter numa arte e, inclusive, numa profissão. Se soubermos conceber bons prompts, o ChatGPT pode ajudar-nos imenso em termos de segurança e saúde, criando todo o tipo de escrita que, neste momento,
    podemos demorar bastante tempo a elaborar.
  • Depois, evoluiu, não só gerando, como também interpretando textos. A aplicação é capaz de analisar um texto, traduzi-lo, resumi-lo e interpretá-lo. E melhor: com um bom prompt, é capaz de detetar gaps, realizar uma análise de acidente, identificar possíveis atos inseguros dentro do texto, etc. Análise de incidentes e acidentes, de observações preventivas de segurança, de comunicados de risco, etc. Mais um passo no sentido de poupar tempo como assistente, sob a nossa supervisão (inicial, uma vez que, mais adiante, não será necessária).
  • Continuou a evoluir, e foi lançada a análise de imagens. O ChatGPT é capaz de analisar uma imagem e de interagir connosco através da mesma. Se fizermos testes, vemos que é capaz de fazer uma avaliação de riscos perfeita do que se vê na imagem, de detetar todo o tipo de detalhes e de os interpretar. E não pensemos apenas numa fotografia, mas na imagem de um documento complexo (é capaz de interpretar um fluxo de trabalho, um procedimento, etc.), um objeto (um EPI para o qual podemos pedir instruções para o seu uso correto), qualquer coisa que nos possa ocorrer, incluindo a do seguinte vídeo:

Tal permitir-nos-ia interagir com o ChatGPT, por exemplo, em diferentes pontos:

  • ❓ Como devo realizar o processo?
  • ?‍♂️Que passos devo efetuar e por que ordem?
  • Que ferramentas devo usar?
  • Que instruções devo seguir?

E não se limita a isso. Esta tecnologia já nos permitiu utilizá-la para validar automaticamente documentos CAE, como já mencionámos há umas semanas. Uma nova evolução permitiu-nos criar ambientes ChatGPT adhoc, para treiná-los apenas com a informação que quisermos e protegê-los do exterior. Tal permite criar
Chatbots de empresa, temáticos ou, inclusive, explorar milhares de possibilidades que também podem facilitar a vida dos técnicos de prevenção: deteção de gaps, pré-auditorias, etc.

E, esta semana, foi lançado o ChatGPT 4º , a última evolução da ferramenta que já permite a análise de voz e de vídeo, com tudo o que isso nos facilitará a vida:

  • Assistente virtual de conversação
  • Realização de avaliações de risco, mostrando espaços com a câmara do telemóvel
  • Análise e resolução de problemas complexos de segurança e saúde
  • Chatbot
  • Técnico de prevenção virtual
  • Etc.

A verdade é que ainda estamos a assimilar e a pensar de que forma poderemos aproveitar esta nova reviravolta na nossa área, tendo em quanto o quão recente é esta nova evolução.

Mas o que é evidente é que tudo isto já faz parte do presente e que o tsunami nos atingirá se não fizermos algo. Três breves reflexões sobre isto:

  • Para todos os profissionais que se concentram exclusivamente nas questões técnicas (o seu trabalho é muito necessário e louvável), saibam que, em breve, este trabalho vai poder ser realizado pela IA, contanto com um conhecimento que não poderá superar o de nenhuma pessoa.
  • Poderemos livrar-nos de muitas tarefas aborrecidas e passar a trabalhar no campo com as pessoas. Mas estaremos preparados para isso? Têm formação em Soft Skills? Sabem dar formação com dinâmicas? Sabem comunicar bem? Dominam os fatores humanos?
  • E, sobretudo, já entraram no mundo da IA ou são dos que pensam que já é tarde e que não é para vocês? Conselho: Ou nos envolvemos nisto ou, em breve, morreremos profissionalmente.

O nosso papel está a mudar. Não fiquemos presos ao passado. Devemos aventurar-nos no mundo da IA e da segurança e saúde. As vantagens serão imensas. Ânimo!

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