Oz e a segurança no local de trabalho: uma jornada de prevenção

Tempo de leitura: 5 minutos

Neste verão quente, queremos oferecer-te algo especial que não só te vai entreter, como também te vai inspirar e fazer pensar. Daniel Jerez, Técnico de PRL na PrevenControl e escritor de romances policiais, como o recente “El pasado nunca nos olvida” (“O passado nunca nos esquece“), apresenta-nos um novo conto que queremos partilhar contigo para estes dias de verão.

Oz e a Segurança no Trabalho: Uma Viagem de Prevenção”, um conto que combina magia e aventura com uma mensagem vital sobre segurança no trabalho.

No mundo fantástico de Oz, Dorothy e os seus amigos partem numa viagem não só para encontrarem o Feiticeiro de Oz, mas também para aprenderem a importância da segurança no local de trabalho. Cada um dos seus companheiros de viagem representa um aspeto fundamental da segurança no trabalho.

Através desta história, vais acompanhar o nosso protagonista numa viagem cheia de desafios e aprendizagens, onde ele vai descobrir a importância da prevenção e dos cuidados no local de trabalho. Esperamos que gostes deste presente literário e que encontres nas suas páginas uma nova perspetiva sobre como te manteres seguro e protegido no teu ambiente de trabalho.

Boa leitura e bom verão!

Oz e a segurança no local de trabalho: uma jornada de prevenção
por Daniel Jerez Torns

– Mas és um bom ou um mau técnico?
A frase repetia-se na sua mente, enquanto Dorothy regressava a casa depois de terminar o seu dia de trabalho. Sentia-se cansada e só tinha de lidar com a tempestade que se abatera sobre a cidade, provocando o caos no trânsito.

O guarda-chuva de pouco lhe serviu, pois o vento fazia com que o guarda-chuva se movesse de um lado para o outro e a chuva caía de lado. Não se lembra de o meteorologista ter dito nada sobre uma tempestade tão forte.

Enquanto me esforçava por seguir em frente, tentei dar sentido à frase.

Dorothy trabalhou como técnica de prevenção de riscos laborais.

Dorothy gostava do seu trabalho, aliás, era apaixonada por ele. No entanto, havia dias em que se cruzava com certos tipos de pessoas que perturbavam a sua estabilidade emocional.

Que raio quer isso dizer, um bom ou mau técnico? Nessa manhã, tinha ido a uma empresa que cortava carne e a embalava. Tudo corria bem até que a fábrica o apresentou ao novo responsável da área. E foi aí que o homem, Raul, na casa dos cinquenta, com um bigode espesso, lhe fez a pergunta.

Dorothy chocou inadvertidamente com uma mulher que tentava avançar como ela, com o corpo meio curvado e a tentar evitar que o guarda-chuva voasse.

– Desculpa.
– Não, não te preocupes, é impossível vermo-nos com esta chuva.

O vento torna-se cada vez mais violento. É difícil manter o equilíbrio.

Chega a um edifício onde se pode abrigar sob as suas amplas varandas e decide descansar. Os teus pés estão completamente encharcados.

A frase foi propositadamente lançada e Dorothy percebeu o significado. Raul queria dizer se ia deixar todas as falhas registadas ou se ia passar por cima de algumas coisas. Mas o que é que era bom ou mau? O que pode ser excessivo para uma gestão pode ser insuficiente para outra. E o facto de não especificar certos riscos, é bom? Para quem? Para aquele homem? Talvez fosse, mas não para Dorothy, que seria vista como má.

Decide continuar o seu caminho, aconteça o que acontecer. Toma um duche quente assim que chega.

Após uns eternos vinte minutos, chega ao seu prédio. Ao subir as escadas, deixa um rasto de água atrás de si.

Quando abriu a porta, o sea estimado companheiro de quarto veio cumprimentá-la com a cauda ereta e a mexer-se entre as pernas, miando sem parar.

– Olá Totó. Nem imaginas como está o tempo lá fora!

Põe comida no prato e depois consola-se com um bom duche.

Senta-se no sofá e o Totó aproveita para subir para o seu colo e enroscar-se confortavelmente.

Dorothy ligou a televisão e começou a navegar pelas plataformas que tinha contratado, incapaz de se decidir por uma série ou filme de que gostasse. Ainda não tinha percebido o comentário do gestor intermédio. Estava habituada a receber protestos, caras de mau ou indiferença, mas ser questionada se era dos bons ou dos maus era a primeira vez.

– E tu, o que és? És um daqueles patrões bons ou maus? – disse Dorothy em voz alta.

Totó levantou a sua cabecinha preta, analisando com quem a sua dona falava, e não vendo ninguém, continuou a dormir.

A chuva torna-se cada vez mais agressiva e ouve como o vento atira as gotas contra as janelas com fúria.

Tinha de relaxar e pensar que havia poucas pessoas como Raúl. Aquelas pessoas que viam os técnicos de prevenção como seres indesejáveis que simplesmente diziam o que estava errado.

Mas será que isto é verdade? Ou existem diferentes tipos de desconfiança em relação à prevenção?

No entanto, a sua mente voltou à realidade quando ouviu o uivo do vento. Não era normal. Aproxima-se da janela e abre-a com cuidado. Erra redondamente. O vento entrou furiosamente, abrindo-a de par em par. Dorothy foi atirada para trás, batendo com a cabeça e caindo no chão.

Vê um grande remoinho a entrar em casa e a sala inteira a andar às voltas. Pensa que foi por causa da pancada, mas duvida. Totó também voava, miava desesperadamente. Ela queria chamar por ele, mas ele não conseguia fazer barulho.

Tudo estava a girar e tudo estava a voar. Agarrou no caixilho da janela para olhar lá para fora e… não acreditava no que via. Estava sobre a cidade, a girar sobre si própria. Incapaz de suportar a rotação, desmaia.

Dorothy já tinha ouvido falar do grande e poderoso Feiticeiro de Oz, mas nunca imaginou que a sua viagem à Cidade das Esmeraldas seria também uma lição sobre a importância da segurança no trabalho. Ao acordar num campo desconhecido depois de uma tempestade, encontra uma figura familiar, embora estranha: um Espantalho.

– Olá, Espantalho,” cumprimentou a Dorothy. O que estás a fazer aqui?
– Procuro um cérebro para compreender melhor como evitar acidentes de trabalho”, respondeu o Espantalho. Sem um plano e conhecimento, os riscos aumentam.

Dorothy acenou com a cabeça. Não bastava saber o que dizia a lei. Os riscos têm de ser compreendidos e ponderados, porque, muitas vezes, as medidas preventivas não estão em nenhuma lei, mas no senso comum.

Dorothy e o Espantalho continuaram o seu caminho, falando sobre a importância da formação e do conhecimento na prevenção de riscos. Não muito longe, encontraram um Homem de Lata que parecia não se conseguir mexer.

– O que é que se passa contigo? -perguntou Dorothy.
– Falta-me um coração”, disse o Homem de Lata com uma voz metálica. Sem coração, não consigo sentir empatia nem preocupar-me com os outros. Na prevenção dos riscos laborais, é fundamental cuidar do bem-estar dos colegas e estar atento à sua segurança e, sobretudo, compreender as emoções dos outros para que estejam bem mentalmente.
– Isso é verdade”, concorda Dorothy. A empatia e a colaboração são essenciais para um ambiente de trabalho seguro e também para evitar os riscos psicossociais invisíveis mas presentes.

Continuaram a sua viagem e logo ouviram um rugido vindo de trás de uns arbustos. Um Leão cobarde saiu a tremer.

– Quem és tu e porque é que estás tão assustado? -perguntou Dorothy.
– Eu sou o Leão”, responde com voz trémula. Falta-me a coragem para enfrentar os perigos. No trabalho, tens de ter a coragem de denunciar os perigos e de tomar medidas para evitar acidentes.

Dorothy achava que essa qualidade era necessária para que houvesse maior segurança no local de trabalho. Essa qualidade traduziu-se numa cultura de não aceitação do risco.

Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão seguiram juntos em direção à Cidade das Esmeraldas. Ao longo do caminho, enfrentaram vários desafios que lhes permitiram aplicar o que aprenderam sobre prevenção de riscos laborais. O Espantalho utilizou os seus novos conhecimentos para planear e evitar os perigos; o Homem de Lata, com o seu coração recém-descoberto, mostrou empatia e certificou-se de que todos estavam seguros e mentalmente calmos; e o Leão, com a sua coragem restaurada, relatou os potenciais perigos e ajudou a tomar medidas para os mitigar.

Finalmente, ao chegarem à Cidade das Esmeraldas, o Feiticeiro de Oz revelou-lhes que já possuíam o que procuravam: o conhecimento, o coração e a coragem para manter os outros em segurança no trabalho.

Dorothy acorda no sofá de casa com Totó ao seu lado. Terá sido um sonho?

Ela não sabia, mas tinha vivido uma viagem fantástica e aprendido algumas lições valiosas sobre a prevenção de riscos laborais que iria partilhar com todos no seu mundo. A prevenção de riscos laborais requer conhecimento, empatia e coragem. Com estes atributos, qualquer ambiente de trabalho pode ser seguro e produtivo.

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